O 17 de setembro foi escolhido para ser o Dia Nacional da Aldravia porque sua criadora, Andreia Donadon Leal, nasceu exatamente nesta data. Foi como juntar útil e agradável, ou seja, criadora e criatura. Isso não poderia dar em outra coisa senão num milagre poético.
Em 2020, quando a Aldravia completa 10 anos e o Movimento Aldravista 20 anos de história, sobram motivos para celebração. Mesmo porque a estética aldravista envolve a criação artística em verso, prosa e pintura, e tem Mariana/MG como laboratório dos poetas Andreia Donadon Leal, José Benedito Donadon, Gabriel Bicalho e José Sebastião Ferreira.
Das Minas Gerais, a nova forma poética se espalhou pelo Brasil e pelo mundo, conquistando leitores e, sobretudo, entusiastas. Para reunir esse pessoal todo, fundou-se a Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA), que apoia e dá visibilidade à produção dos membros.
A organização da série “O Livro das Aldravias”, que acaba de atingir o número VIII, também visa à valorização da produção dos poetas aldravistas. O Concurso Internacional de Aldravias, igualmente. Porque a Aldravia e seus praticantes precisam brilhar sempre.
A propósito, estamos falando de um poema composto por seis palavras, em vez de versos, mas repleto de sentido e aberto à criatividade dos artistas da palavra. Uma pequena maravilha poética, tão rápida quanto o pensamento, tão marcante quanto um provérbio.
Falo por experiência própria, quando à primeira leitura, fui tomado de paixão e curiosidade pelo poema minimalista. Nunca mais parei de fazer, estudar, me aperfeiçoar, para dizer o máximo com o mínimo de palavras.
Nestes 10 anos da Aldravia e 20 anos do Aldravismo, portanto, reafirmo a alegria de ter sido presenteado pela nova expressão poética e aproveito para desejar vida longa ao movimento e inspiração aos poetas pioneiros e – por que não? – aos que vieram depois deles e aos tantos que virão depois de nós.
Tomei posse na SBPA em 2013 e, desde então, me sinto abençoado e privilegiado. Nem poderia ser diferente, não é mesmo? Primeiro, por fazer parte desse movimento estético. Depois, por representá-lo aqui na Bahia. Então viva a Aldravia!
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Por Almir Zarfeg – ou simplesmente AZ – escritor e jornalista que ama enigma e desafiar o leitor a pensar.
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Viva! Muito bacana! <3